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quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Panoramas

Aves cantam, em cançonetas - amores
De campos em flores, de esmeralda cheios
Nesses encantos de prazer gozados
Unem-se seus fados, a delirar gorjeios!

Seres alados em devaneio impuro
Em prematuro, desvendar os ares;
Ruflando as penas, no horizonte azul
Aqui no sul, de argênteos lumeres!

Se o cruzeiro se mostrar impávido
Se como arado, de São Pedro, a forma
E quando estrelada no Olimpo em glória,
Nenhuma história, a responder-te – Norma!

Mas, adorando um panorama misto
Por onde é previsto, na montanha além;
De flores vivas, numa mata escura,
A formosura que a savana tem!

São ondulantes quando o vento calmo
Com o luar dum silêncio augusto;
Luzes flutuantes, neste céu bem-dito,
Que Jesus Cristo, nos deixou por justo!

Pois minha lira atrapalhada agora
Porque não alivias os sofrimentos meus;
Olho p’ros outros, imaginando o Horto
Só eu acho conforto ao invocar a Deus!

Poema de Vovô Miguel

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