No limiar dos seus 75
anos, o professor Miguel dos Santos Paz deixou manuscritos que conta a sua trajetória
no magistério e onde se diz orgulhoso da sua atuação apesar dos percalços enfrentados
profissão.
Deixou registrado que, no
final do século IXX, após casar, fixou residência no Seivalzinho (Caçapava do Sul)
e com a ajuda do inspetor escolar, professor José Pedro Fagundes de Campos
(residente em Santa Maria) criou uma escola particular rural no 2° distrito de
Caçapava do Sul, denominado Seivalzinho, que durou três anos, pois as
dificuldades dos alunos chegarem até escola, devido as distancias, eram grandes.
Em 1898, prestou concurso
estadual, promovido pelo governador Julio de Castilhos. Juntamente com os
caçapavanos Américo Saldanha de Moraes e Ildebrando Emérito Garcia, foi
aprovado. Somente o professor Américo Saldanha de Moraes exerceu o magistério
estadual.
No fim do século IXX e
início do século XX na inexistência de escolas as famílias de fazendeiros (o setor
econômico que predominava nesta época era a criação extensiva de gado) contratavam
professores particulares para alfabetizar seus filhos. Assim, o Professor
Miguel esse exerceu, por mais de 50 anos, este ofício e deixou, nos manuscritos
a relação dos domicílios em exerceu seus rastros na educação:
Em Caçapava do Sul,
Seivalzinho (2° sub-distrito):
Seivalzinho (2° sub-distrito):
Candido dos S. Barcelos (duas
vezes),
Maximo Alves de Oliveira
(duas vezes),
Favorino Dias dos Santos,
Antônio Barros Cachapaz,
João Francisco C. Leal,
João Abrilino Ferreira,
João dos Santos Barcelos,
Manoel Sá (de Bagé,
arrendatário de fazenda do Secundino),
Alfredo Osorio da Rosa,
João Nicolau Abrahão,
Alber Klienhaus,
Emiliano Dias Ferreira
(duas vezes),
Gaspar Teixeira da
Silveira,
Aparício Garcia Dias,
João P. de Freitas (duas
vezes),
Artur Prates Chaves,
Manoel Antônio Pinto,
Pedro Osório Garcia,
Olmiro Osório Garcia,
Oscarino Rodrigues
Martins,
Nilo Paz,
Onório Garcia Dias,
No 3° sub-distrito:
Eduardo Rodrigues de
Oliveira,
José Antonio Dutra,
Adão Osório Machado,
Anibal d’Ornelas (duas
vezes),
Alfredo Quintana,
Ceciliana Pereira de
Almeida,
Bábara Costa,
Otacílio Araujo (São
Sepé),
Olmiro Teixeira,
João Cândido Rodrigues,
Emilio Dias Moreira,
Em Lavras:
Francisco dos Santos
Barcelos,
Pedro Martins Lemos,
João Cândido Pires.
O Professor Miguel dos
Santos Paz deixou seus depoimentos com a sua neta que o cuidava na sua
idoneidade, professora Vilma Leão de Freitas, que por sua vez a entregou para
sua sobrinha Lislair Leão Marques (sua bisneta) que em 2012 publicou alguns de
seus poemas em um livro denominado “Flores a Vovô Miguel”.
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