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quinta-feira, 26 de abril de 2012

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Maria Miguelina


Maria Miguelina, filha mulher mais velha de Vovô Miguel, também foi professora e teve sete filhos, cinco homens: Valmir, Vilmar, Waldeck e Valderi, e três mulheres: Eloir, Vilma e Valda. As filhas de Maria Miguelina, assim como a mãe e o avô, foram professoras e exerceram lideranças nas comunidades onde trabalhavam.

domingo, 8 de abril de 2012

O Romantismo em Tempo de Guerra

Poesia em tempos conturbados, tempos de guerra? Sim. Nestes tempos também. Há 21 anos findava a Guerra do Paraguai (1870), há 3 anos fora assinada a Lei Áurea (abolição dos escravos negros, em 13 de maio de 1888), há 2 anos fora proclamada a República (1889) e transcorreu a Revolução Federalista na região Sul (1893 a 1895), e Miguel dos Santos Paz escreveu seus poemas de 1891 a 1897, antes de tornar-se alfabetizador em distritos rurais de Caçapava do Sul (principalmente no Seivalzinho), Lavras do Sul e São Sepé.

Revoluções, guerras, lutas pelo poder.

Poesia, ensino, alfabetização.

Em um artigo homenageando o dia do professor, Moacyr Scliar escreve: “A frase que Lenin pronunciou quando, em 25 de outubro, os bolcheviques tomaram o Palácio de Inverno, sede da monarquia russa – “Iniciamos agora a construção de uma nova sociedade”- poderia ser dita por um modesto professor em sua, não raro, precária escola. Porque as revoluções mais importantes não são aquelas em que o poder é conquistado a ferro e fogo, em que os inimigos são executados, em que os dirigentes dizem ao povo o que deve ser feito; não, as verdadeiras revoluções ocorrem de maneira quase imperceptível. Quando uma criança escreve, de maneira hesitante, as primeiras letras em seu caderno, temos uma revolução. Quando lê seu primeiro livro, temos uma revolução. Quando aprende a trabalhar com o computador, temos uma revolução.”

Sentir e transmitir o que sente, assim é o poeta.

A poesia transcende o tempo, conflitos, mesquinharias.

Ela estava presente na coesão dos átomos e moléculas que geraram matéria, vida, energia, alma. 

A poesia são as palavras com alma.

Viver é poético.

Neste contexto de transcendência é que temos o prazer e o encantamento de entrar em contato com as poesias de Miguel dos Santos Paz, resgatadas por sua bisneta Lislair Leão Marques – autora das aquarelas- no livro “Flores a Vovô Miguel”, que será lançado na Feira do Livro de Caçapava do Sul em maio vindouro. 

Com características estilísticas do Romantismo, Miguel dos Santos Paz vai tecendo seus poemas, dos quais emergem:
                        
dores permeadas de saudades:

            “Suas rosas desfolharam tão cedo
             Mas, por pesares que não sei definições,
             E, ao lembrar-me,pois, ainda conservo
             Com reserva de todas as afeições”

            “E, nesta vida de ilusões perenes:
             Eu guardo sempre do passado as flores
             Que as idolatro num fervor que preme
             Ficando,ainda, as circunstantes dores”;

juras de amor:

           “Jurei amar-te, meu coração deseja
            Para que vejas este sincero amor
            E quando esta paixão dominar-me a alma
            Já tenho a calma de suportar tal dor”.


Nestes trechos percebemos o romantismo e o lirismo do poeta, que predominam em seus poemas construídos com amores, flores, flores-amores, colibris, estrelas, andorinhas.

Lembrando outro poeta, o santamariense Luis Guilherme do Prado Veppo: 

                “Minha alma andou pelas ruas desta cidade
                 Mais do que o meu corpo
                 Minha alma anda pelas ruas desta cidade
                 Mais do que o meu corpo
                 Minha alma andará pelas ruas desta cidade
                 Mais do que o meu corpo
                 Que inveja meu corpo tem da minha alma”

A alma de Miguel anda e andará pelas ruas e campos desta cidade.
Jacques Duarte Cassel
Médico

Revisão gráfica


A revisão gráfica desta edição é de Lislair Leão Marques.


Apresentação





A apresentação do livro contou com a colaboração do Assessor de Imprensa da Câmara de Vereadores de Caçcapava do Sul, Jornalista  Lorenzo Stefany.

Projeto gráfico


O projeto gráfico e diagramção do livro é de Édson Oliveira Junior.

Apoio cultural

Jornalista Lorenzo Stefany, Assessor de Imprensa da Câmara de Vereadores de Caçapava do Sul

A edição do livro “Flores de Vovô Miguel” tem o apoio cultural da Câmara de Vereadores de Caçapava do Sul e da Casa do Poeta de Caçapava do Sul.


Estudo dos Poemas




  

Estudos dos poemas de Vovô Miguel selecionados para esta edição teve a valiosa contribuição de Jacques Duarte Cassel, Médico e filho de poetas. Para Dr. Jacques poemas são palavras com alma.


Estudo para a edição do livro

 

Reuniram-se na Casa do Poeta para a uma leitura dos poemas selecionados as revisoras ortográficas, Felícia Teresinha Soares Lopes e Rosalilia Silveira Torres Delabary, junto a Lislair Leão Marques.

Exposição do Jantar festivo da Casa do Poeta

 

Mostra “Flores a Vovô Miguel” no Jantar festivo dia 7 de novembro de 2011, às 20h, no Salão Paroquial da Casa do Poeta de Caçapava do Sul, alusivo as comemorações do segundo aniversário de reestruturação da Casa do Poeta.


Flores a Vovô Miguel

                               “Tu, flor que nasceste nesta mata boa
                                 E onde revoa o pirilampo andas
                                 Que te ilumina quando a noite desce
                                 Que transparece de ilusão fulgás.”
 
Poema de Miguel dos Santos Paz que se serviu de inspiração para que se apreciasse a exposição de aquarelas “Flores a Vovô Miguel”. A exposição faz parte do projeto de edição do livro com poemas escritos em 1892 a 1897, na época que execia a profissão de professor em várias localidades rurais da região.
 
A Escola Municipal Miguel Paz, Lavras do Sul, em que emprestou o nome, esteve em atividade no período de 1963 a 2002, nas localidades de Rincão dos Mottas, Passo da Pedra e Pontas dos Salsos. Nela passaram as seguintes professoras: Dorotéo Machado, Dorvalina Munhós Nunes, Jaude Munhós, Diva Alves Ferreira, Marta Maria Moreira, Maria Gerlen Rodrigues Chagas, Dalva Modernel da Motta, Maria Julieta Barbosa, Marilene Gonçalves, Eliz Rejane Rocha Figueiredo e Rita de Cássia Ferreira de Vargas
 
Maria Miguelina, filha mulher mais velha de Vovô Miguel, também foi professora e teve oito filhos, dos quais três mulheres: Eloir, Vilma e Valda. De mesmo modo, as netas, foram professoras e exerceram lideranças nas comunidades onde trabalhavam, respecitivamente Santa Bárbara, Lanceiros e Cerrito do Ouro. 

Lislair Leão Marques, bisneta, e Vilma Leão de Freitas, neta e apoiadora do projeto “Flores a Vovô Miguel”
Publicado no Jornal do Pampa - 23nov2012

Exposição "Flores a Vovô Miguel"

Miguel dos Santos Paz, foi casado com Maria José Bitencourt, com quem teve oito filhos: Maria Miguelina, Aurecy, José Afonso, Francisco, Nilo, Floriano, Vilson e Guido. Faleceu em 1958 aos 82 anos e pelos seus feitos, ao seu tempo, deixou cravado o seu nome em denominações de ruas na Vila Sul e em Minas do Camaquã no município de Caçapava do Sul e em Artigas no Uruguai, ainda teve nome de escola no município de Lavras do Sul. Também foi editor na Folha do Sul.

Deixou registrada sua biografia em que revela que iniciou a vida de professor particular, logo após ter casado e fixado residência no Seivalzinho. Começou com quinze alunos e exerceu a atividade por quase cinqüenta anos. Sua bela letra já distingue um homem romântico como diz parte de seu poema “As flores dos meus tempos.”:

             Todas as flores que adorei na minha infância
             Desfolharam-se algumas pelos anos
             Ainda sinto delas a fragrância
             O tempo, só me trouxe desenganos.

             Suas rosas desfolharam tão cedo
             Mas por pesares que não sei definições
             E ao lembrar-me pois ainda conservo
             Com reservas de todas as afeições.

Lislair Leão Marques, bisneta – do ramo familiar de Maria Miguelina -, sempre ouviu falar da boa pessoa de Vovô Miguel e se mostrou surpresa quando recebeu os registros que constam histórias e poemas por ele escritos que datam de 1892 a 1897. A iniciativa foi editar os registros e para angariar fundos para a publicação fará uma exposição e uma oficina de aquarelas denominada “Flores a Vovô Miguel”.

A exposição e oficina farão parte da “Mostra de Artes Visuais” promovida pela Casa do Poeta de Caçapava do Sul, alusivas as comemorações do segundo aniversário de reestruturação da Casa do Poeta. A artista plástica Amanda Veber também apresentará os seus trabalhos. Complementa as comemorações do aniversário um jantar poético com a presença de um artista porto-alegrense no dia 7 de novembro, às 20h, no Salão Paroquial. 

A Mostra de Artes Visuais terá abertura no dia 6 de novembro às 18h e estará aberta a visitação do dia 7 a 11 de novembro, das 14h às 21h. A oficina de aquarelas será de 7 as 10 de novembro, das 14 às 18h. 


Publicado no Jornal do Pampa - 11nov2012

Mais aquarela

Aquarela

Idéia

 

Ensaio

Inspiração

Seleções

Victor Hugo - poeta francês


Os poemas selecionados para a edição do livro “Flores a Vovô Miguel”, tem características estilísticas do Romantismo – escola literária que prevaleceu no Brasil de 1836 a 1881.

Vovô Miguel deixou palavras sobre seus poemas em que toma como referencia o poeta francês Victor Hugo.

Saiba mais sobre Victor Hugo em:

Seleção dos poemas

Miguel do Santos Paz


 
“Flores a Vovô Miguel”, é o resultado do trabalho de recuperação  e divulgação da obra poética de Miguel dos Santos Paz.

No despertar de sua mocidade, a partir de 1891, Vovô Miguel escreveu poemas com tema a flor, metáfora principal para simbolizar a figura feminina.

Miguel dos Santos Paz, foi casado com Maria José Bitencourt, com quem teve oito filhos: seis homens: João Afonso, Francisco, Nilo, Floriano, Guido e Vilson e duas mulheres: Maria Miguelina e Aurecy. Faleceu em 1958 aos 82 anos.

História de Vovô Miguel