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segunda-feira, 22 de junho de 2015

As flores dos meus tempos

Todas as flores que adorei na minha infância
Desfolharam-se algumas pelos anos
Ainda sinto delas a fragrância
O tempo, só me trouxe desenganos!

Suas rosas desfolharam tão cedo
Mas por pesares que não sei definições
E ao lembrar-me pois ainda conservo
Com reservas de todas as afeições!

E foram elas, gentis, castas, fagueiras
Bem como afagos da flor, ainda em botão;
Que suas frontes de luz tão sobranceiras,
Pois suavizam os mais duros corações!

Adoráveis como pétalas singelas
Comparáveis ao espaço de safira;
Bem como astros fulgentes todas elas,
Nenhuma musa cantava em sua lira!

Para mim foram flores mais perfeitas
Como deusas então, formosas, puras;
Ao serem anjos, mais por ser sujeitas
Eram firmes em amor e formosura!

E nenhum painel de longa envergadura
Parecia-se com essas aves sedutoras
Porque nelas com sorriso que fulgura,
Afetuosas como santas protetoras!

Também amores que existiram anteriormente
Foram-se embora como a vaga em fero açoite
Desapareceram aos poucos lentamente,
Talvez qual o dia que sucede a noite!

Foram-se embora como a vaga em fero açoite
Desapareceram aos poucos lentamente,
Talvez qual o dia que sucede a noite!
Eram firmes em amor e formosura!

E nenhum painel de longa envergadura
Parecia-se com essas aves sedutoras
Porque nelas com sorriso que fulgura,
Afetuosas como santas protetoras!

Também amores que existiram anteriormente
Foram-se embora como a vaga em fero açoite
Desapareceram aos poucos lentamente,
Talvez qual o dia que sucede a noite!

Poema de Vovô Miguel

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