Flor que no prado
desabrochas rindo
E de aroma lindo,
delicioso e puro
Tu te confundes com
o ideal sagrado
Porque de bom grado
verás teu futuro!
Jurei amar-te, meu
coração deseja
Para que vejas este
sincero amor
E quando esta
paixão dominar-me a alma
Já tenho a calma de
suportar tal dor!
A dor me invade o
coração ferido
Por ter sofrido da
saudade espinhos
Anjo ignoto, meu
ideal procura
A tua formosura,
pelo teu carinho!
Teu belo rosto só
em sonhos vejo
Entre o desejo que
perde-se além
Vibra minh’alma em
melodias tantas
Que eu julgo
santas, como a ti também!
Minha lira é uma
opaca estrela
Que só ao vê-la me
mira de lá
E, cá da terra, me
deslumbra isso
E mais por isso,
meu amor está!
E, nesta vida de
ilusões perenes,
Eu guardo sempre do
passado as flores
Que as idolatro com
fervor que preme
Ficando ainda as
circunstantes dores!
E ainda perpetuam,
nesta alma, as chamas
Dessas saudades dum
passado leve
Também quem
assistiu, como eu, os dramas
Hoje extintos como
a fria neve!
Nuvens que passam
como a cor de arminho
Quando voam no céu,
porque vão-se embora
Mas suas sombras
são do meu carinho
Resplandecentes
como a meiga aurora!
Já são flores
mortas dos passados dias
Mas que me fazem
suspirar agora
Durante o tempo
dessas fantasias
Existe o passado,
que se foi embora!
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