Aves
cantam, em cançonetas - amores
De campos
em flores, de esmeralda cheios
Nesses
encantos de prazer gozados
Unem-se
seus fados, a delirar gorjeios!
Seres
alados em devaneio impuro
Em
prematuro, desvendar os ares;
Ruflando as
penas, no horizonte azul
Aqui no
sul, de argênteos lumeres!
Se o
cruzeiro se mostrar impávido
Se como
arado, de São Pedro, a forma
E quando
estrelada no Olimpo em glória,
Nenhuma
história, a responder-te – Norma!
Mas,
adorando um panorama misto
Por onde é
previsto, na montanha além;
De flores
vivas, numa mata escura,
A formosura
que a savana tem!
São
ondulantes quando o vento calmo
Com o luar
dum silêncio augusto;
Luzes
flutuantes, neste céu bem-dito,
Que Jesus
Cristo, nos deixou por justo!
Pois minha
lira atrapalhada agora
Porque não
alivias os sofrimentos meus;
Olho p’ros
outros, imaginando o Horto
Só eu acho
conforto ao invocar a Deus!
Poema de Vovô Miguel