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segunda-feira, 22 de junho de 2015

As flores dos meus tempos

Todas as flores que adorei na minha infância
Desfolharam-se algumas pelos anos
Ainda sinto delas a fragrância
O tempo, só me trouxe desenganos!

Suas rosas desfolharam tão cedo
Mas por pesares que não sei definições
E ao lembrar-me pois ainda conservo
Com reservas de todas as afeições!

E foram elas, gentis, castas, fagueiras
Bem como afagos da flor, ainda em botão;
Que suas frontes de luz tão sobranceiras,
Pois suavizam os mais duros corações!

Adoráveis como pétalas singelas
Comparáveis ao espaço de safira;
Bem como astros fulgentes todas elas,
Nenhuma musa cantava em sua lira!

Para mim foram flores mais perfeitas
Como deusas então, formosas, puras;
Ao serem anjos, mais por ser sujeitas
Eram firmes em amor e formosura!

E nenhum painel de longa envergadura
Parecia-se com essas aves sedutoras
Porque nelas com sorriso que fulgura,
Afetuosas como santas protetoras!

Também amores que existiram anteriormente
Foram-se embora como a vaga em fero açoite
Desapareceram aos poucos lentamente,
Talvez qual o dia que sucede a noite!

Foram-se embora como a vaga em fero açoite
Desapareceram aos poucos lentamente,
Talvez qual o dia que sucede a noite!
Eram firmes em amor e formosura!

E nenhum painel de longa envergadura
Parecia-se com essas aves sedutoras
Porque nelas com sorriso que fulgura,
Afetuosas como santas protetoras!

Também amores que existiram anteriormente
Foram-se embora como a vaga em fero açoite
Desapareceram aos poucos lentamente,
Talvez qual o dia que sucede a noite!

Poema de Vovô Miguel

Família Paz Leão

Valderi, Valdeck, Valda, Vilma, Vilmar, Valmir e Eloir
Netos de Vovô Miguel, do ramo Paz Leão, nascidos de 1932 a 1958, na imagem do mais moço a neta mais velha. 

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Bisneta de Vovô Miguel

Lislair Leão Marques, bisneta de Vovô Miguel.

Tu És

Tu és tão linda como as raras flores
Estrela D’alva retilante e bela
Os teus carinhos que são sedutores
Tu tens nos olhos virginal donzela!

Não tenhas medo, nobre rola mansa
De que te furtem a simpatia pura
Também não creias só na esperança
Será engano da ilusão futura!

Nos teus olhares, tens a luz divina
Em que suplantas teu airoso porte
Qual um flor, angelical menina
Que deus dotou de tanta luz e sorte!

Qual camélia de haste purpurina
Que escondendo as armas deliciosas
Com tua fronte, pareces a bonina
Que foi feita pelos raios vaporosos!

Como andorinha que voa enganadora
Pelo límpido céu, onde há ternura
Pois tens na fala uma voz encantadora
Nesse tom de legítima ventura!

Se tu me desses essa mão, ó casta flor
A beijaria suplicante e tanto ou mais
Também faria uma prece com fervor
Bem inspirado nos anjos celestiais!

Poema de Vovô Miguel.